Após dois anos como presidente do Capítulo PMI São Paulo, o gerente de projetos PMP, PMI-ACP, P2P, MSP, DASSM, MSc, Nelson Rosamilha, aproveita o espaço da última entrevista de 2020 para avaliar e encorajar os associados ao Capítulo e toda a comunidade.
Rosamilha é formado em processamento de Dados pela Universidade Mackenzie, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela FAAP, MBA em Gerência de Telecomunicações pela FAAP/Pen State University, Gestão de projetos pela Amdocs Business School de Tel-Aviv/Israel e, pela La Verne university tem formação em Seis Sigma Black Belt pela QSP. É também mestre em Administração de Empresas pela PUC-SP.
Nos últimos 25 anos atuou no segmento de tecnologia de informação Brasil e no exterior, em segmentos de negócio de professional services, managed services e direção de projetos.
É Senior PMO Line Manager na Ericsson e , leciona Gestão de Projetos em cursos de Pós-Graduação, é Autor do Livro Guia Preparatório para Certificação Prince2®.
Confira a entrevista completa:
PMI São Paulo – Está se findando mais uma gestão no PMI SP. Quais foram os maiores desafios que a sua equipe enfrentou e como foram vencidos?
Nelson Rosamilha – Eu divido este período em dois momentos: antes da pandemia e durante a pandemia. Na pré-pandemia, há cerca de 13 meses, realizamos marcos incríveis como o Inovale; o novo Seminário Internacional; PMO Experience; levamos nossos happy hours à diferentes regiões da Capital; aproximamos os branches com diretoria dedicada a eles e, na região do interior de São Paulo, onde boa parte do nosso PIB está, criamos a Trilha do Estudante.
Somado a isso, realizamos mais de 40 eventos presenciais em faculdades e universidades, levamos contéudo de valor para grandes empresas (Disciplined Agile, Soft Skills,Práticas de PMO, entre outros), abrimos canais diretos de comunicação com nossa comunidade, voluntários e novos membros: Town Hall, Wellcome Talks e All Hands.
Durante este período de pandemia, já sabemos que tudo mudou, executamos eventos on-line semanais, incluindo workshops, treinamentos para certificações e seminários. Nossos maiores desafios eram o distanciamento social, a sustentabilidade do Capítulo e se conseguiríamos manter nossa comunidade engajada. Ainda estamos superando estes desafios e posso afirmar que foram nossos voluntários que atuaram de forma brilhante e provaram que atuando em colaboração, isonomia, solidariedade e resiliência é possível superar os desafios. Sem os voluntários o Capítulo não existe, simples assim.
PMI São Paulo – Quais são as principais lições aprendidas durante a gestão do PMI SP para a nossa comunidade?
Nelson Rosamilha – Eu colocaria em três palavras: solidariedade, colaboração e propósito. Tivemos um período de gestão muito complexo, estilos de gestão e de comunicação, disponibilidade de tempo, sustentabilidade do Capítulo, entre outros.
No contexto regional, durante esta pandemia muitos voluntários talentosos surgiram nesta adversidade, com o DNA do propósito e da solidariedade e, arrisco dizer, que se não fosse por esta pandemia eles não seriam vistos. Esta geração de novos voluntários e os atuais estão criando um movimento irreversível. Precisamos aprender a colaborar e construir juntos a comunidade desde a criação até a entrega com liderança participativa (e servidora), bem como uma gestão colaborativa dentro do contexto de nossa região.
No contexto nacional, veja o último projeto entregue pela comunidade de voluntários, Project EvolutiON. Envolvemos 15 Capítulos com dezenas de voluntários. Esta é a segunda lição: os Capítulos do PMI devem estar fortemente conectados entre si de forma colaborativa e co-criativa, suportados pelos representantes locais, orientados pela diretoria do PMI Latam e liderados pelos voluntários das regiões para trazermos valor à comunidade nacional.
PMI São Paulo – Como descreveria o valor do trabalho voluntário? Quais são as principais características que pode-se observar nestes dois anos, como presidente do Capítulo do PMI SP?
Nelson Rosamilha – Eu sou voluntário desde 2004 e algo que não muda é nosso senso de propósito. Mas nestes dois anos percebi que tivemos cerca de 160 voluntários no Capítulo e, ao final de 2020, teremos por volta de 140 colegas.
Eu resumiria: colaboração, co-criação, reconhecimento, resiliência, aprender, ensinar, ser ouvido. Serão estas ações que irão nos engajar no futuro. Temos uma geração atual que quer atuar de forma participativa, co-criando ideias e colaborando para executá-las de forma com que possam aprender, ensinar outros voluntários e serem reconhecidos por este trabalho.
PMI São Paulo – Quais são as suas perspectivas quanto ao mercado de trabalho para os Gerente de Projetos em 2021?
Nelson Rosamilha – Teremos um ano de recuperação da pandemia, principalmente entre janeiro e março. Com uma demanda reprimida de profissionais em gerenciamento de projetos, estima-se que até 2027 serão necessários cerca de 1.5 milhão de profissionais no Brasil. Precisamos nos preparar já! Para estes profissionais, eu recomendo que aprendam como a tecnologia pode ajudar a otimizar seu trabalho, conheçam técnicas de liderança e criatividade e invistam em habilidades (soft skills) como comunicação e pensamento crítico.
Sejam fortes, não desistam, é na adversidade que nós saímos mais fortes, isto vai passar !